naia alban
glauber rocha
uma revolução baiana
(2008)
2008 – EXPO GLAUBER ROCHA – UMA REVOLUÇÃO BAIANA
A convite do Templo Glauber, e tendo como base o livro então publicado Glauber Rocha: Uma Revolução Baiana, o SETE43 construiu o projeto de expocenografia para a mostra homônima ao livro. Lançada em março de 2008, a obra está estruturada a partir de uma linha do tempo que relata a vida do artista. A esta linha do tempo se superpõe uma segunda linha, que vai tecendo os fatos significativos da época, fazendo a ligação com a trajetória do cineasta.
A proposta expositiva foi concebida como um grande fractal curvo, que preenchia todo o Foyer do Teatro Castro Alves, onde eram contadas as múltiplas facetas do personagem Glauber Rocha, seguindo a mesma trama do livro. Parte da estrutura concebida para a Expo 40 em 40 (realizada pelo SETE43 em 2007) foi reutilizada, a exemplo da estrutura dos pilares-suportes das televisões e dos auriculares que caíam do teto. Possibilitou-se, assim, o conforto acústico, para que todos desfrutassem das edições de imagens e vídeos elaboradas pelo próprio Templo Glauber.
O grande desafio foi o de desenhar, um a um, os 70 suportes e seu conteúdo gráfico. Foi necessária a adoção de uma margem de erro, assegurando a compatibilização entre a composição gráfica das figuras esconsas triangulares com todo o grande fractal, executado por mestres serralheiros de forma artesanal, com as medidas e ângulos tendo que ser rigorosamente similares ao desenho projetado. Os painéis foram pensados para serem vistos por seus dois lados, o que exigia um acompanhamento dos arquitetos no momento da montagem. Por fim, também foi necessário o controle da plotagem e da montagem nos painéis, visto que cada painel tinha uma dupla face.