naia alban
espaço jequitaia
(2007)
O projeto do Complexo Cultural tem como premissa principal a inserção contemporânea de diversos equipamentos culturais numa área existente e consolidada no bairro da Cidade Baixa. As funções que seriam implementadas aconteceriam nas estruturas construídas que se localizavam na área, recuperando-as, revitalizando-as, e articulando-as através do espaço externo. A proposta era coordenar e desenvolver o potencial de cultura, gastronomia, design, náutica, educacional e lazer, transformando o Forte Jequitaia, abrindo, desestruturando sua muralha, consolidando conexões e fluxos com a Feira de São Joaquim, com o fim de linha dos ônibus, com a linha férrea – os subúrbios, e com o bairro da Liberdade.
Objetivando democratizar a cultura e dinamizar o turismo, o Complexo Jequitaia iria sediar uma ampla infraestrutura de cultura, com cerca de 50.000m² de área que deveria abrigar: o Instituto Lina Bo Bardi de Culturas Populares, o Tempo Glauber – Formação em Áudio Visual, o Centro de Estudos Avançados de Cultura Popular, o Centro de Cultura Náutica, a Memória do Saveiro, a Praça Conexões e a Piscina Pública.
O novo espaço deveria, portanto, agrupar, numa mesma estrutura, as várias facetas do poder público envolvidas com a gestão urbana – cultura/turismo/educação/trabalho/indústria e comércio/tecnologia. Deste modo, criava-se a possibilidade de se articular novas atividades e estratégias de desenvolvimento para a área, para a cidade, incluindo-se a realização de parcerias com o setor privado.
A iniciativa do projeto resulta, especialmente, da importante localização do Forte Jequitaia, situado em uma área em processo de colonização urbana. Um conceito que é baseado na existência de um processo de desenvolvimento de um novo nicho gerador de difusão de informações e de realização de práticas culturais.
“Ser que transita ao lado do mar. Mar que separa e aproxima a côncava baía. Baía que traz para a feira outros mundos. Feira que superpõe experiências aparentemente distantes. Experiências do ir e vir de quem transita. Fruindo a cidade.”