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gil e os quatro cantos

(2004)

2004| SHOW - GIL E OS QUATRO CANTOS | ODEBRECHT 60 ANOS

Show comemorativo dos 60 anos da Odebrecht, realizado no Teatro Castro Alves.

 

O cenário do show GIL E OS QUATRO CANTOS foi pensado para ir além de um simples show, por se tratar de um evento que congregou quatro espetáculos e uma apoteose. Gilberto Gil levou ao palco quatro convidados, que tiveram a sua identidade cênica marcada por elementos simbólicos, uma diversidade que reafirma a ideia do show, fazendo uma referência aos quatro cantos do mundo.

Dirigido por Luiz Marfuz e iluminado por Irma Vidal, o show contou com artistas convidados: Maria João (Portugal), Susana Baca (Peru), Paulo Flores (Angola), Maestro Sergio Souto e Coral Vozes Reveladas (Brasil).

Para cada um dos espetáculos, protagonizado por cada convidado, foi criado um movimento cênico próprio, simbolizado na solução estética de cada momento e relacionado com a identidade, a memoria afetiva de cada artista: Rendas (Maria João), Veias de dendê (Paulo Flores), Cordilheira (Susana Baca), Ioiôs (Coral Vozes Reveladas) e Caravela (Maestro Sérgio Souto).

Rendas: foram utilizadas placas de policarbonatos texturizadas e vazadas, através de corte plotagem, na forma de rendas, feitas a partir de imagens geradas por computador. Tecnologia e ludicidade uniram a Península Ibérica e o Brasil.

Veias de dendê: um total 2000 metros lineares de mangueiras transparentes cheias de azeite de dendê e cordas luminosas, fizeram uma ligação entre o piso e o teto da caixa cênica. Por estas mangueiras, corriam informação e tradicionalidade, raiz e tecnologia em simbiose – África e Brasil unidos por fibras de luz e de dendê.

Cordilheira: em um movimento cênico, o palco se transforma em uma Cordilheira invertida. O espaço se magnetiza, a partir de uma atmosfera dourada, criada através de uma luz dimerizada que surge de dentro para fora de fractais que flutuam, trazendo para a cena a poética colorida de toda a América Latina. Esses fractais foram feitos de papel artesanal, produzidos por uma cooperativa de Salvador, e foram desenhados a partir do redesenhocala de algumas pedras das muralhas de Machu Picchu, Peru.

Ioiôs: o cenário se transforma em uma grande brincadeira de ioiôs, que sobem e descem. O palco avança e recebe os Meninos do Liceu.  Enquanto isso, ioiôs gigantes, feitos de madeira e revestidos de trançado de palha e cordas, realizado pelos artesãos de Porto Sauípe, criam um movimento que compõe o cenário para o Domingo no Parque.

Caravela: na apoteose do show, uma caravela: que levará a todos, no mesmo barco. Toda a caixa cênica se transformou na popa de uma caravela cheia de crianças. A ideia: a embarcação levou o público numa viagem para o futuro.

Ao final, foi priorizado um clima de ludicidade, inspirado na trajetória poética que se inicia na abertura, com uma criança entrando primeiro, no vazio do grande palco, tocando um tambor e chamando o anfitrião da festa, até a explosão de uma apoteose, quando o vazio se faz preenchido pela plateia.

© 2023

Sete43

Salvador/BA

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