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feira de são joaquim

(2007)

Apesar da Feira São Joaquim (FSJ) dar suporte a práticas culturais coletivas de qualidade excepcional, transmitidas por várias gerações, esta mesma feira necessitava de uma intervenção de requalificação urgente, para manter a sua função inicial. A função do abastecimento, somada à sua excepcionalidade cultural, estruturando a sua complexidade sócio-político-administrativa-comercial-gerencial.

Assim, em julho de 2007, o Ministério da Cultura (MinC), juntamente com a Fundação Palmares, promoveu uma oficina de trabalho em Salvador. O objetivo era discutir propostas para uma intervenção ampla na Feira de São Joaquim (FSJ), tendo como meta principal a sua preservação e valorização, enquanto fenômeno cultural.

Estiveram participando representantes dos vários entes federativos (governos federal, estadual e municipal), da Câmara de Vereadores, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), do Banco Interamericano, assim como da sociedade civil (sindicatos, associações e entidades negras). 

Em janeiro de 2008, foi assinado um Termo de Acordo e Compromisso entre o MinC e o Governo do Estado da Bahia. E, em julho de 2008, ficou estabelecido o Convênio entre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT) e o Governo Federal, através do MinC, disponibilizando um recurso para elaboração do Projeto de Requalificação da Feira de São Joaquim – 1ª etapa, sendo o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC-BA), órgão vinculado a SECULT, responsável pela supervisão do processo e gestão dos recursos.

O Projeto de Requalificação da Feira de São Joaquim teve como objetivo central preservar e desenvolver a sua sustentabilidade, delimitando parâmetros, definindo ações estratégicas e diretrizes para a manutenção das dinâmicas características da feira, priorizando um processo democrático com ampla participação dos envolvidos. A partir deste compromisso, a requalificação da FSJ teve, como foco, as questões de preservação e sustentabilidade, formuladas a partir dos seguintes objetivos específicos:

  1. Estruturar e implementar um modelo de gestão que contemple as dimensões administrativa, fiscal, comercial, urbanística, cultural e patrimonial. Esta proposta deve ser elaborada através de um processo participativo, resultante da realização de consultas com os feirantes.

  2. Melhorar as condições de trabalho dos feirantes, e das relações sociais entre estes, a feira e o público, promovendo a sua adaptação frente à nova realidade proposta.

  3. Difundir o conhecimento sobre a história da FSJ em ações que visam, também, o fortalecimento da autoestima dos feirantes.

  4. Promover ações culturais de divulgação de suas tradições culturais, saberes e modos de fazer, visando o entendimento e a preservação da FSJ como patrimônio cultural do país.

  5. Estruturar o projeto de qualificação arquitetônica e urbanística (elaboração de projetos executivos), objetivando maior qualidade ao ambiente da FSJ e mais agilidade ao seu funcionamento, mantendo, entretanto, as características arquitetônicas próprias de sua ocupação fragmentada.

  6. Estruturar o projeto urbanístico de articulação da FSJ com o seu entorno imediato (elaboração de projeto executivo), percebido dentro da macroestrutura da cidade.

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Sete43

Salvador/BA

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